quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Eu voltei, agora pra ficar...

Querid@s, amig@s e amad@s, passei por um longo período de ostracismo. Desde que vim morar no Rio não escrevi mais no blog. Deixei-o de lado. Este já estava cheio de teias de aranha, nos recônditos desse computador. Preguiça, falta de tempo, outros projetos.... sei lá. Só sei que estou de volta e agora não desejo mais abandonar este projeto de diário crossdresser do século XXI.

Poxa! Quanta coisa aconteceu de 2012 pra cá. Mudei de Estado, de cidade, de bairro. Essa vida pós-moderna que nos desterritorializa o tempo todo é fogo! Mas é bom! Mudar nos tira do lugar comum e nos obriga a ver o mundo sob diversas perspectivas. Ah! Sim, nesse período, namorei, ‘desnamorei’, casei, descasei, casei novamente e.... estou solteira. Ufa! Ter vida parada pra quê? Tudo acontece, como dizia Clarice Lispector, em um átimo de segundo. E em 2 anos, tudo muda: adeus MSN e Orkut e, pelo visto, o Skype está com os seus dias contados também. A bola da vez tem 2 nomes: Facebook e Whatsapp. Estamos no mundo da imagem, onde o que mais importa não é ser, mas PARECER ser. Ainda bem que renovei meu guarda-roupa, comprei uma sandália de salto (salto não... saltão!) linda e umas makes belíssimas, para sair lindas nas selfies... rs... Espero que possa dialogar com muita gente bacana e tecer altos papos aqui no blog. Segue uma foto recente minha. Apesar de o cabelo estar mais pra lá que pra cá, acho que dá pro gasto, né? rs.... Beijão a tod@s!!!!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

ADEUS 2011... VOILÁ 2012!

E mais um ano se vai! 2011 começou meio morno para mim, em todos os sentidos, mas termina em alta, o que me deixa com muita esperança de que 2012 seja um ano maravilhoso.

Chega o final de ano e a gente faz o balanço do que se passou e as promessas para o ano vindouro. No campo profissional, não tenho do que reclamar. Minha carreira deu um salto qualitativo incrível neste ano e com possibilidades de mais crescimento ainda para 2012. Ufa! Ainda bem! Agora no campo amoroso, só derrapadas, desencontros, frustrações. Sorte no jogo, azar no amor? Será????
Mas nos 45 minutos do segundo tempo, eis que a vida, o destino, o universo tem me acenado com possibilidades reconfortantes para 2012.  Assim espero!
Mudança de emprego, de cidade, de Estado... nossa! Quantas mudanças para o próximo ano! E, junto disso, promessas de me alimentar de forma cada vez mais saudável, praticar mais atividades físicas, me tornar melhor enquanto pessoa. Enfim, cuidar da mente, do corpo e da sensibilidade humana.
Agradeço a Deus e ao universo por tudo que me aconteceu em 2011. As coisas boas me fortaleceram, e as coisas não tão boas entraram no rol das experiências que me fizeram aprender com os erros para, então, evoluir enquanto pessoa.
A tod@s amig@s, virtuais ou não, parafraseio aqui uma canção da compositora Joyce, que fala sobre as lições de vida de um budista famoso da década de 70, chamado Monsieur Binot:
“Bom é não fumar
Beber só pelo paladar
Comer de tudo que for bem natural
E só fazer muito amor
Que amor não faz mal”

Amor não faz mal! Feliz 2012 a tod@s!!!!!

domingo, 6 de novembro de 2011

Desabafo

Querid@s, estou de volta ao blog! Depois de um hiato de 3 meses, volto a escrever e a manter contato com meu pequeno, mas seleto grupo de seguidor@s.
Explico porque fiquei tanto tempo sem escrever: o segundo semestre me trouxe uma carga de trabalho grande e exaustiva. Sem contar as intermináveis viagens que tenho feito a trabalho. Viagens ao interior do Brasil. Um Brasil diferente, contundente, distante, lindo, mas, muitas vezes, cruel.
A semana passada, em uma cidade do Nordeste, fui a um cabeleireiro para hidratar meu cabelo. Enquanto o profissional fazia seu trabalho, entrou no salão um homem, bonito, por sinal, e ficou papeando com os dois cabeleireiros que estavam no recinto. Conversava com o que cuidava de meu cabelo, e com o outro, que estava sem fazer nada. Juro para vocês que não tenho coragem de reproduzir o teor da conversa. Uma conversa atroz, de baixo calão que, infelizmente, acabei ouvindo. O homem falava em alto e bom som de suas orgias com meninas, ou melhor, com crianças, algumas de 12 anos de idade que ele e seus amigos organizavam. Em certo momento, ele sacou do bolso um celular e mostrava a um dos cabeleireiros cenas de sexo explícito gravadas com as menores de idade, demonstrando, sadicamente, ar de satisfação e contentamento. Ele se vangloriava de traçar não sei quantas “menininhas” em uma só noite. E a reação dos seus interlocutores correspondia a essa satisfação. Via-se nos olhos dos 2 cabeleireiros o jargão: “esse cara é foda!”.
Essa foi a essência do papo dentro de um salão de beleza. Não contei nem sequer 1% das atrocidades que ouvi, porque não tenho coragem. Assim que o profissional terminou a hidratação, paguei o serviço, fui embora, e eles continuaram a conversa da forma mais prosaica possível.
Voltei ao hotel, decepcionada, chateada com a crueldade do ser humano. E cheguei até a colocar em xeque o meu próprio trabalho. Leio, pesquiso, dou curso, palestra sobre sexualidade, mas creio que meu trabalho (e de outros profissionais) está inserido no mais profundo vácuo. Será que meu discurso ecoa em alguém? Será que a ciência pode realmente mudar o comportamento das pessoas?
Ao presenciar aquele cara falando tranquilamente e de forma soberba sobre suas práticas pedófilas, sem problema ou pudor algum, isso me fez pensar que, de fato, o “buraco é mais embaixo”. A pobreza do Brasil ajuda nessa degradação. Sabemos que nos rincões do norte/nordeste as próprias mães “vendem” suas filhas por meia dúzia de laranjas. No fundo, todos sabemos, mas ouvir da boca de pessoas que praticam isso, se vangloriam do ato, e, ainda por cima, se dizem (e são considerados) “machos” é muito doído, ainda mais para quem trabalha com sexualidade, feito eu.
Pedofilia que não para de crescer, casos de homofobia no país todo, aumento de DST's na população. Falta de respeito consigo e com os outros. Que Brasil é esse? Há muito mais lama e hipocrisia do que imaginava.

Bom, acho que me resta voltar pra casa e ouvir cantar a voz doce de Dalva de Oliveira.
Nas imagens, campanhas recentes da luta contra a pedofilia.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Beije o desejo na boca...

            Beijo de amor, beijo de tesão, beijo beijinho, beijaço... como é bom beijar. Beijar a boca de alguém que se deseja acredito que seja algo sublime. Mesmo sendo algo tão bom, há muitos homens que nao gostam de beijar.
O primeiro beijo (beijaço) homossexual da dramaturgia brasileira.

Várias vezes já me perguntei o porquê disso. Existem homens que gostam de lamber pênis, mas nao beijam. Existem homens que gostam de fazer sexo oral no ânus (fazer e receber), mas nao beijam. Existem homens que gostam de ser penetrados (papel passivo sexualmente), mas não beijam...
Ou seja, se permitem fazer, no ato sexual, coisas muito mais particulares e peculiares, mas nao curtem beijar. Eu já tive situações de ir pra cama e, na hora H, o cara já querer ir direto para os finalmente. Sem beijo, sem toque, sem a famosa preliminar. Esse tipo de sexo, que os especialistas chamam de genitalizado, eu abomino. Genitalizado porque nesse caso só importam mesmo os órgãos genitais (bunda, pau e xana). Em resumo, é chegar, gozar e tchau tchau!
O beijo do casal 20 do momento.
              Certamente há homens que procuram cds/tvs pelo fato de achar que elas não necessitam de preliminares, de beijo. Que elas querem saber mesmo é de pau... risos... De fato, há muitas que se saciam só com isso mesmo. Sabemos que para várias cds o que importa é o dote do cara e nada mais. No entanto, há muitas outras cds (e eu me incluo nessa categoria) que não buscam somente o sexo genitalizado. Eu, sinceramente, acho que sexo sem beijo torna o ato extremamente mecânico e impessoal. O beijo para mim é importante porque sela uma cumplicidade que é imprescindível na interação do casal ou mesmo na conjunção sexual, mesmo que seja em um contexto de sexo casual. E é aí que mora a diferença entre os homens que tratam as cds como mulher ou como "puta". Os que tratam como mulher beijam (e beijam gostoso), os que tratam como "puta", off course que se esquivam dessa atividade.
O beijo tenso entre os cowboys-machões do filme "O segredo de Brockeback..."

Depois de muitos anos de estudo na área da sexualidade, tenho uma hipótese para explicar o motivo de alguns homens não gostar de beijar cd/tv e afins. É porque o beijo, em nossa sociedade ocidental, representa o carinho, o amor, o romance. Quando a gente imagina um casal que se ama, imediatamente vem à nossa cabeça duas pessoas se beijando ardorosamente. Na novela, nos filmes, na literatura, o amor entre os personagens é simbolizado pelo beijo que é aguardado por tod@s até o último capítulo. Por conta disso, fica no nosso imaginário que o beijo é sinônimo de amor, de sentimento nobre entre um homem e uma mulher. Por isso mesmo muitos homens jamais admitiriam sentir isso por alguém que nao fosse essencialmente mulher. Daí a recusa ou a dificuldade de beijar. Sabemos que existem homens que adoram ser passivos para cds e travestis, mas nao beijam! Grande diferença! risos... Com ou sem beijo, o ato foi consumado. Nesse caso, a presença ou ausência do beijo nenhuma diferença vai fazer ao ato sexual que aconteceu.
O beijo da transexual Ariadna
Mas essa questão não afeta só as cds não. Conversando com algumas amigas mulheres, várias já me confidenciaram que tiveram namorados ou ficantes que não gostavam ou se esquivavam do beijo. Não preciso nem dizer que essa postura é extremamente aversiva para qualquer mulher. Ter um beijo negado é mais que frustrante, é broxante. E isso dá margem a uma outra hipótese: há homens que se esquivam do carinho, por medo, por aversão. Afinal, "macho que é macho tem que ter pegada" (visão machista e totalmente fora dos padrões atuais. Pegada forte é bom, mas sem as preliminares vira cena de zoológico... risos).
Solteira só me resta beijar o sapo... risos
As pessoas que nao gostam de beijar e se satisfazem só com o impulso sexual-genital, que sejam felizes! Agora as pessoas que, feito eu, amam um beijo caloroso, gostoso e com vontade, beijem o desejo na boca, que o desejo é bom demais!
Nas fotos, as várias possibilidades de beijos e desejos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Paty em Pira


Minhas férias estão quase pela metade e, por isso, aproveitei para visitar meus queridos amigos Wagner e João Paulo (ex-cd Pietra). Foi um final de semana delicioso. Cheguei a Pirassununga na sexta à noite e voltei no domingo. Sinceramente não sou muito fã de cidade do interior. Sou metropolitana, cosmopolita até a alma, mas passar alguns dias numa cidade calma e bem ajeitada, ainda mais acompanhada de pessoas de ótimo astral, não é nada mal.
Como de praxe, além de conversarmos e rirmos muito, fizemos uma sessão de fotos para mim, com direito a ser maquiada pelo Wagner. Foi uma farra, que até o sapo de pelúcia do João Paulo entrou no meio. Momentos de pura alegria. Meninos, obrigada pelo final de semana mais q especial. Não vejo a hora de nos encontrarmos novamente. Já estou com saudades, fofos!
As fotos foram tiradas pelo Wagner. Ele bateu muuuitas fotos, mas aqui coloco só algumas. Aproveito a oportunidade para divulgar o concurso que Wagner está organizando na cidade de Pira. Miss Gay 2011 de Pirassununga. Bem poderia ser Miss Cross, pois trata-se de em evento em que @s candidat@s se montarão de meninas, sendo que não pode se candidatar travestis. As CDs que se interessarem, entrem em contato pelo email missgaypirassununga@hotmail.com
Flyer do concurso organizado pelo Wagner
Antes que me perguntem, eu já respondo que não me candidatarei. Sou amiga dileta do organizador e acho q não tenho muito talento para ser Miss. Deixo a cargo d@s pirassununguenses mesmo. Beijinhos a tod@s!!!!

Quem sabe um dia o sapo vira príncipe, não é?

Parece q estou querendo fugir para Shangi-lá

Esquecemos de tirar o capacete da foto... risos

Foi um final de semana delicioso em Pirassununga

Que sapo atrevido!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Férias, fatos e fotos

Pois é. Fiquei alguns dias longe do meu querido e amado blog. Mas foi por uma boa causa. Estou de férias! E, ao contrário da maioria dos mortais, não costumo viajar em minhas férias, porque, durante o período em que trabalho já viajo bastante, o que é muito bom. Ter a oportunidade de mergulhar no coração do Brasil e poder unir o útil ao agradável não é nada mal para ninguém.
Então, aproveito as férias para arrumar minhas coisinhas, fazer comprinhas, namorar... bom, namorar só se eu estivesse acompanhada. Mas como continuo solteira, me divirto com meus amigos diletos ou sozinha mesmo, afinal, a felicidade está em nós, não nos outros. Assim eu aprendi nos anos em que me sentei no divã de meu estimado analista.
Arrumando minhas coisinhas, organizando meu computador, achei algumas fotos novas, novíssimas, outras nem tão novas assim. E resolvi postar algumas delas.
Sem comentários... risos
Essa barriguinha eu já perdi. Amém! risos
Garota-propaganda... risos
Minha primeira foto de ruivinha
É, ao mesmo tempo, bom e estranho nos rever em retratos. Olharmos istmos de segundos que foram captados por uma máquina. Uma gota da nossa vida retratada. E ver nosso olhar e imaginar o que se passava ali. Que sonhos, que angústias, que desejos estavam submersos por trás de nossos olhos. Escondidos, presos em nossas entranhas, mas loucos de vontade de sair, de explodir em mil cores para o universo. Não me canso de repetir como é complexo o ser humano. Talvez dentro de mim não more um anjo, mas mil anjos, todos multifacetados, na ânsia de sair e de se mostrar ao mundo.
O que eu deveria estar pensando neste momento?
Minha foto mais recente.
É claro que a vida não é só amor. A vida é família, amig@s, trabalho, saúde, cultura etc etc. Mas a vida com um amor, com um romance, ganha traços mais coloridos. O primeiro semestre para mim é sempre mais difícil. De resignação, de problemas a serem resolvidos, de reclusão. A partir do segundo semestre as coisas começam a acontecer. As flores nascem e ganham vida na primavera. Ai! Ai! Sinto que algo bom me espera. É pura intuição. “Meu coração é um pandeiro, marcando o compasso de um samba feiticeiro. Samba que mexe com a gente. Samba que zomba da gente. O amor é um samba tão diferente”.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Parada e outras paradas

Ontem foi a 15 Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Desde 2004 a maior do mundo. Infelizmente este ano não pude ir. Na verdade, só fui na edição de 2005 e de 2008. Não gosto de muvuca, de multidão. Então, nas vezes em que fui, dei uma passadinha só pra tirar fotos, filmar, e ir embora. Nunca nem cheguei a fazer o percurso da Paulista ao centro. No entanto, isso não quer dizer que eu seja um ser alienado e viva em um mundo à parte.

 Acompanho os preparativos, a escolha do tema e fico bem antenada em tudo q acontece no mês mais colorido do ano e que, por sinal, é o mês de meu aniversário.

Este mês choveu, mas, pelo que vi, a festa estava mais linda q nunca. Afinal, havia muitos motivos para comemorar e, mais ainda, para reivindicar. Espero q, um dia, consigamos viver, de fato, em um Estado laico e que haja paz e amor entre todos na América do Sul!