segunda-feira, 27 de junho de 2011

Parada e outras paradas

Ontem foi a 15 Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Desde 2004 a maior do mundo. Infelizmente este ano não pude ir. Na verdade, só fui na edição de 2005 e de 2008. Não gosto de muvuca, de multidão. Então, nas vezes em que fui, dei uma passadinha só pra tirar fotos, filmar, e ir embora. Nunca nem cheguei a fazer o percurso da Paulista ao centro. No entanto, isso não quer dizer que eu seja um ser alienado e viva em um mundo à parte.

 Acompanho os preparativos, a escolha do tema e fico bem antenada em tudo q acontece no mês mais colorido do ano e que, por sinal, é o mês de meu aniversário.

Este mês choveu, mas, pelo que vi, a festa estava mais linda q nunca. Afinal, havia muitos motivos para comemorar e, mais ainda, para reivindicar. Espero q, um dia, consigamos viver, de fato, em um Estado laico e que haja paz e amor entre todos na América do Sul!

domingo, 19 de junho de 2011

Mais um ano, mais uma vez!

Dia de aniversário, para mim, é um misto de alegria e tristeza. Tempo de fazer um balanço e de agradecer. Aliás, me policio sempre a não só pedir ou me lamentar, mas tbm agradecer por estar viva, bem, e com saúde. Isso é primordial.
Revendo as minhas escolhas e a minha trajetória, fico feliz de saber que, apesar dos pesares, minha carreira profissional deslanchou, minhas relações com amig@s e familiares se fortaleceu e que, talvez por isso, tenho passado por um momento tranquilo e zen. É claro que me lamento por atitudes impensadas que, certamente, não faria novamente. Uma dessas atitudes tem a ver com um rapaz que conheci em 2008, pela internet, chamado Rafael. Tivemos um namoro relâmpago de um mês e que só terminou por minha culpa. Um rapaz lindo, em todos os sentidos, que, possivelmente, poderia me fazer muito feliz. Nosso primeiro encontro era para durar algumas horas, mas o que aconteceu é que ficamos quase dois dias juntos, nos amando, nos lençois da volúpia. Rafael era grandão, me erguia nos braços e me levava para a cama. Era um coelho carinhoso, mas tbm sabia ser um tigre que me possuía com suas garras afiadas. Ou seja: o homem que qualquer um@ quer para si.
Mas tem pessoas que chegam na vida da gente no momento errado. Na época em que o conheci, eu estava completamente envolvida na doença de um amigo muito querido que, prematuramente, falecera de câncer. Este fato me deixou fora dos eixos. Tirou-me todo o equilíbrio e harmonia que são vitais no mundo áspero em que vivemos hj. Resultado disso é que acabei me afastando do Rafael, sem mais, nem menos. Passei a não atender seus telefonemas, nem a responder seus emails e recados via MSN. E sei o quanto ele tentou-me contatar. Porém, eu, em transe (ou sei lá o quê), não dei nenhuma devolutiva.
Alguns meses depois, quando a morte de meu amigo já havia sido assimilada por mim, saí do transe e percebi a bobagem que havia feito. Tentei entrar em contato com ele, por telefone, e pelo MSN. Enviei e-mail explicando com detalhes o que havia acontecido comigo e pedindo perdão, mas não houve jeito. Nem sequer recebi uma resposta, pois certamente a mágoa que ele tinha de mim não permitiu uma reaproximação.
Como sei que a vida é assim mesmo, engoli a seco essa história e admiti, com resignação, que perdi. Talvez tenha perdido muito mais do que imagino. Afinal, encontrar uma pessoa de bom caráter, doce e atroz, manso e feroz... nos dias de hoje, é como acertar na megasena.
Pois bem... mais um ano, mais uma primavera... vamos amadurecendo e ficando mais críticos com tudo e, sobretudo, conosco mesmo! Chega uma hora que a gente não aguenta mais falsas promessas e ilusões perdidas em paraísos artificiais. E é por isso que meu rápido, porém intenso caso com Rafael está devidamente guardado em meu arquivo emocional.
No entanto, embora este episódio tenha vindo à tona, não quero passar meu aniversário me lamentando não! Até porque tenho mais motivos para celebrar, para agradecer a vida maravilhosa que tenho, sempre cercada de amig@s querid@s e de meus pais que são mais que especiais. Agradecer por tudo, pela vida, pela saúde, pelas viagens lindas que pude e posso fazer, pelas descobertas que me fazem acreditar que, sim, a vida continua bela.
Na imagem, uma foto minha recente, tirada por mim mesma no celular. “Hoje é o meu carnaval. Meu enredo é um lindo sorriso. Abra os braços e vem me encontrar no salão e sonhar também!”

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Aos meus queridos amigos!

                O ano era 2007. Dezembro de 2007. Comecei a “namorar” um rapaz de Pirassununga. Coloquei entre aspas a palavra namorar porque foi um relacionamento tão atabalhoado, tão equivocado que, apesar dos 12 meses em que ficamos juntos, não consigo ver essa parceria como um namoro. Mas deixa isso pra lá! O que importa é que esse “namoro” deixou um legado. E o legado se chama Wagner. Conheci Wagner por intermédio desse “namorado” de Pirassununga. Eles eram amigos. Por tabela, fiquei amigo de Wagner tbm. O “namoro” terminou, mas minha amizade com Wagner continuou e criou raízes.
                Como Wagner queria morar em São Paulo, capital, acabou se mudando para casa e dividimos apartamento durante alguns meses. Me lembro, como se fosse hj, quando ele descobriu que era cd. Eu havia me encontrado com um ficante, na minha casa. E nesse dia, coloquei um salto daqueles que possuem umas tiras que se amarram nas pernas. Um salto daqueles bem sensuais. No entanto, por conta das tiras, fiquei com minha perna toda marcada, de modo que, quando Wagner chegou, viu as marcas das tiras do salto e não tive como mentir... risos... Bons tempos aqueles!
                Poucos meses depois disso, Wagner saiu de casa e foi morar com João Paulo (cd Pietra), uma vez que eram namorados. Foi assim que acabei conhecendo o João Paulo (e a Pietra). Fiquei muito amiga tbm de JP. Inclusive foi ele quem deu uma repaginada em meu look, me ensinando todas as técnicas de maquiagem e modelitos. Fomos a baladas juntos, rimos, nos divertimos juntos. Acompanhei o momento de crise do relacionamento deles, da separação e tbm da reconciliação.
                Infelizmente estamos distantes agora. Wagner e João Paulo se mudaram para Pirassununga. Voltaram às suas raízes para (re)construir sua história de amor. Um amor que é mais forte que as diferenças, mais forte que as dificuldades que todos os dias temos que ultrapassar. Tenho o relacionamento deles como referência e como esperança. Ou seja, se eles podem, eu tbm posso. Um dia meu dia chega!
Mas enquanto não chega, vou ser a “madrinha” do casamento deles. Sim, a união civil homoafetiva foi reconhecida, finalmente! Agora sei porque a Pietra se aposentou... risos... apesar de Wagner, de vez em quando, se transformar lindamente em Alejandra, ele nunca gostou muito desse lance de se montar, mesmo respeitando o estilo de vida do JP.
Espero dar um abraço pessoalmente em vcs em breve. Mas enquanto isso não acontece. Registro aqui meus sinceros votos de felicidade, paz e harmonia para vcs. Eu sempre disse que vcs foram feitos um para o outro.
Antes que alguém faça algum questionamento, digo, de antemão, que eu pedi autorização aos dois para contar essa história e para citar o nome deles. A foto que coloquei dos 2 foi o próprio Wagner que escolheu, especialmente para ser postado no meu blog. JP está de boné e Wagner é o loiro.

Queridos amigos, obrigada pela amizade, pelas risadas, pela alegria, pelo acolhimento. Eu os amo!
P.S. Tive que viajar a trabalho para um lugar inóspito, por isso fiquei um tempo sem atualizar o blog, mas agora estou de volta, com o pique todo... risos.... beijinhos a tod@s que acompanham meus posts!